A PERGUNTA

06/06/2012 08:50

Em uma sala de aula, não há nada mais inquietante para um Professor do que um aluno que não pergunta. Ah, mas perguntar é difícil! É verdade! Aluno que não pergunta não é aluno. Diz um provérbio chinês “Aquele que pergunta é tolo por cinco minutos, mas o que não pergunta é tolo a vida inteira”. Nem todos descobrem esse segredo, escreve John Maxwell, o maior treinador de líderes da atualidade.

Três irmãos competiam em tudo. Eles deixaram a casa onde viviam em busca de fortuna, e os três foram bem-sucedidos. Um dia, quando estavam todos juntos, começaram a contar vantagem sobre os presentes que tinham acabado de dar à mãe, já idosa.

- Construí uma mansão para a mamãe – orgulhava o primeiro.

- Bem, eu comprei para ela uma Mercedes novinha com motorista e tudo – contou o segundo.

- Ganhei dos dois – exclamou o terceiro. Vocês sabem como a mamãe gosta de ler a Bíblia, mas não consegue enxergar direito. Por isso, mandei para ela um papagaio marron capaz de recitar a Bíblia inteira. Doze monges levaram doze anos para ensiná-lo. Tive de oferecer uma contribuição anual de 100 mil dólares ao monastério durante dez anos para que o treinassem, mas valeu a pena. Mamãe só precisa dizer o capítulo e o versículo, e o papagaio recita na hora.

Pouco tempo depois, cada um dos irmãos recebeu um bilhete da mãe. Ao primeiro filho, ela escreveu: “Carlos, a casa que você construiu para mim é muito grande. Vivo em apenas um aposento, mas preciso limpar a casa inteira.” Ao segundo filho, relatou: “Marcos, estou velha demais para sair de casa. Fico aqui o tempo todo, por isso nunca uso a Mercedes. Ale disso, o motorista é muito grosseiro!” A mensagem dirigida ao terceiro filho era mais gentil: “Querido Lucas, você é o único filho que teve o bom senso de escolher algo de que sua mãe gosta. O frango estava delicioso!”

Algumas pessoas precisam aprender, mesmo que à força, a importância de se fazer perguntas! A capacidade de perguntar geralmente distingue os bem-sucedidos dos demais. O motivo é simples: só obtemos respostas às perguntas que fazemos. Sem perguntas não há respostas. Como afirmou Bernard Baruch, “milhões de pessoas viram maçãs caindo, mas Newton foi o único que perguntou por quê?”

Com John Maxwell aprendi dez perguntas e as faço, pois elas me mantêm nos trilhos e promovem o crescimento pessoal: 1) Estou investindo em mim?(crescimento pessoal); 2) Estou sinceramente interessado em outras pessoas?(motivação); 3) Estou fazendo o que amo e amando o que faço?(paixão); 4) Estou investindo meu tempo com as pessoas certas?(relacionamento); 5) Permaneço na área em que sou mais forte?(eficácia); 6) Estou conduzindo outras pessoas a níveis mais elevados?(missão); 7) Estou cuidando bem do dia de hoje?(sucesso); 8) Estou parando para pensar no que faço?(estratégia); 9) Estou desenvolvendo lideranças?(legado); 10) Estou agradando a Deus?(fé)

Perguntar não é sinal de ignorância. É sinal de engajamento, de curiosidade, de desejo, de aprimoramento. As perguntas, no entanto, devem ser resultado de reflexão. Quem não pergunta, não avança.

                          Professor Romério Gaspar Schrammel

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