A EDUCAÇÃO E SUAS INCOERÊNCIAS

19/10/2013 10:57

Prof. Romério Gaspar Schrammel

Há trinta e dois anos no magistério, não pude comemorar, até o momento, grandes conquistas para o Ensino. O dia do professor é diferente graças às mensagens de alunos e ex-alunos. Mensagens muito diferentes daquela verbalizada pela nossa excelentíssima presidente da república Dilma Rousseff.

A presidente, ao falar sobre o dia da criança, citando o professor, foi infeliz - algo incomoda: a Educação. O raciocínio lógico da presidente desandou, como desandou a Educação. Ao assinar, seja projeto, seja lei é preciso fazer inferências. Nosso governador, Tarso Genro, quando Ministro da Educação, assinou a Lei do Piso Nacional para os professores. Hoje, como governador, alega não ter dinheiro. Como pôde concordar com o piso nacional? Não acredito que, ao assinar a lei, o então Ministro da Educação, tenha-o feito sem saber da realidade econômica dos Estados.

Há dados contraditórios circulando nos noticiários. Quando verificamos resultados da educação brasileira, com raras exceções, estamos entre os últimos colocados. Quando verificamos a satisfação dos pais com a educação, percebemos, pelas pesquisas, que mais de setenta porcento dos brasileiros afirmam estarem satisfeitos com o ensino no País. O professor cuida bem dos filhos.

A sociedade é semanalmente bombardeada com notícias negativas sobre Educação e as iniciativas para mudanças são tímidas. A escola precisa tornar-se um espaço de debates. Perdemos a habilidade de refletir e opinar sobre temas diversos. Debater é expor-se e isso não é bom - pode. Errar, em nossas escolas, é pecado – e dos graves.

A falta de atitude política na esfera federal e estadual, a falta de envolvimento do cidadão brasileira, entenda-se os pais, e o assumir-se como profissional por parte dos professores e professoras, tornar a escola um espaço do pensar e não da decoreba são algumas das incoerências educacionais que devem ser corrigidas. Espero, amanhã, poder festejar mudanças políticas, pedagógicas e salarias na Educação. Se na escola muito cedo aprendemos que errar é feio, para as autoridades políticas o erro faz escola. No entanto, em tempo, as salas de aula não podem continuar a ser espaços de confinamento onde os alunos são adestrados para um determinado propósito escuso que não promove o bem-estar da sociedade.

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