ÍNDICE DE PROGRESSO SOCIAL

21/11/2013 17:13

 

O Índice de Progresso Social, lançado há poucas semanas, em vez de considerar apenas o sucesso econômico, considera outros componentes que integram a medida que avalia a prosperidade dos países. Criado por Michael Porter, o índice se vale de 52 indicadores agrupados em três categorias principais: necessidades humanas básicas, fundamentos de bem-estar e oportunidades. O objetivo é dar visibilidade a aspectos que interferem diretamente na qualidade de vida, mas que em geral ficam escondidos nas estatísticas de renda média dos habitantes.

No ranking desse novo indicador, o Brasil ocupa o 18º lugar numa lista de 50 nações – atrás, por exemplo, da Costa Rica. Embora tenha uma renda per capita muito próxima à brasileira, a Costa Rica Pontuou melhor em aspectos como oportunidade para os cidadãos.

Dentro de cada um desses tópicos, há subitens. Em oportunidades, um dos quesitos que puxou o Brasil para cima é o “tolerância e respeito”, onde o país ocupa a segunda posição. Ainda dentro do mesmo tópico, de oportunidades, no subitem “igualdade de oportunidades para minorias étnicas”, o Brasil aparece em primeiro lugar.

Na outra ponta, o Brasil foi muito mal em segurança pessoal, que está no tópico necessidades humanas básicas”. Nesse quesito, ficou em 46ª posição e, no quesito “taxa de homicídios”, ficou na 47ª.

Em relação ao item “mulheres tratadas com respeito”, que fica dentro do tópico oportunidades, o Brasil também ficou muito mal ocupando o 43º lugar.

De acordo com o especialista, a intenção é que os dados sirvam de parâmetros para os governos pensarem em suas políticas públicas.

O Brasil, por exemplo, está na 30º posição no item necessidades humanas básicas, em 33º em acesso ao ensino superior e em 31º em qualidade da saúde.

De acordo com Porter, para a edição inicial da pesquisa foram levados em conta 50 países que tinham dados compatíveis que pudessem ser cruzados. Michael Porter teve a ajuda de economistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT) para criar o índice, que é respaldado por empresas privadas e instituições sem fins lucrativos, como Deloitte, Skoll Foundation, Fundación Avina, Cisco e Banco Compartanos. Em seu primeiro ano de aplicação, o IPS já gerou informações e análises sobre o contexto social de cerca de 50 países. A intenção é fazer a edição do ano que vem com 100 países. Alguns itens a mais, como mobilidade urbana, poderão ser incluídos. E para o próximo ano serão formados comitês parceiros locais que irão analisar os dados e propor ações para melhorar as condições sociais de cada país.

Fonte: Revista Exame, Globo e Deloitte.

IDEIAS & NÚMEROS em 21, NOV. 2013

 

—————

Voltar